E.E.E.F. HERBERT DE
SOUZA
COMPLETA 15 ANOS
Andréia Benvenutti da
Rosa
A Escola está inserida no CASESA (Centro de
Atendimento Socioeducativo Regional Santo Ângelo - RS), atende educandos
privados de liberdade que cumprem medida socioeducativa e está voltada para a
construção do conhecimento, fundamentado nos princípios de dignidade, de
justiça, ética e fortalecimento de valores básicos para a convivência
socialmente desejável.
No decorrer da História, a Escola passou por muitas transformações. Inicialmente,
o número maior de educandos era dos anos iniciais do Ensino Fundamental; atualmente,
são dos anos finais, bem como houve a necessidade da implantação do Ensino
Médio. A modalidade de ensino é EJA (Educação de Jovens e Adultos) por
contemplar as necessidades dos educandos
que nos desafiam a trabalhar o conhecimento por totalidades, evitando a
fragmentação.
Atualmente, tem-se uma relação democrática na escola onde prevalece o
diálogo, o respeito das diferentes ideias. O espaço para estudo, planejamento,
formação e troca de experiências são valorizados e priorizados por criarem uma
relação de cumplicidade entre os educadores. As decisões são coletivas, não
poderiam ser diferentes, pois estariam contrariando a Projeto Político
Pedagógico. Nestes 15 anos, já se presenciou momentos de opressão e perseguição
na Escola, inclusive a legislação foi banalizada, até mesmo em alguns momentos,
o próprio papel da Escola.
Estudar não é fácil, exige esforço e vontade, se contra- pondo a outras
atividades mais atrativas. Por outro lado, para o jovem privado de liberdade, a
Escola é o espaço de expressar sentimentos, ideias, convicções, de ouvir e ser
ouvido, recuperar o tempo afastado dos estudos e de despertar o gosto de
estudar. Por isso muitas vezes, os melhores momentos e as atividades mais
prazerosas deles estão no ambiente escolar.
Trabalhar com o jovem que cumpre medida socioeducativa requer um perfil,
pois se atende aos quais a família, escola e a sociedade falharam, ou não foram
exitosos. Portanto, o educador precisa ver o ser humano que está diante de si
sem a preocupação com o delito, pois todos são capazes de mudar e aprender.
A educação e a escolarização podem ajudar a desenvolver estes cidadãos,
para Betinho: “A
democratização das nossas sociedades se constrói a partir da democratização das
informações, do conhecimento, das mídias, da formulação e debate dos caminhos e
dos processos de mudança”. Percebe-se que a educação é fundamental para que
isso aconteça. No decorrer do tempo, percebemos avanços, o número de educandos
nas séries finais do Ensino Fundamental e Médio aumentaram significativamente.
Para um jovem que fica privado de liberdade
por um ano é muito tempo, por quinze anos é uma eternidade. Assim também é o
tempo de nossa Escola. Acontecem milhares de coisas em quinze anos. O que fica
é a esperança e a prática de que a educação transforma o homem.
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O Plano de Carreira do Magistério Estadual, Lei nº 6.672/74, no Capítulo I, Seção VII, Da Promoção, regulamentada pelo Decreto n. 48.743/2011, prevê aos professores e especialistas de educação “promoção por antiguidade e merecimento” com a possibilidade de ascensão na carreira, classe a classe.
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PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO
MÉDIO
Martin Kuhn
A Secretaria de Estado da Educação do RS
(Seduc) promoveu nesta segunda-feira (09-12), durante todo o dia, o “Seminário
Estadual de Lançamento do Pacto Nacional
pelo Fortalecimento do Ensino Médio”, no Centro de Eventos do hotel Plaza
São Rafael, em Porto Alegre. Participaram mais de mil professores, autoridades,
representantes do Ministério da Educação (MEC) e reitores das Universidades
Públicas do Rio Grande do Sul. O objetivo do Pacto é contemplar 500 mil
professores, nos 26 estados e no Distrito Federal, através da formação
continuada em serviço dos docentes com a parceria de 40 universidades,
prevendo, inclusive, a concessão de bolsas para os educadores. No RS, primeiro
estado a lançar o pacto, mais de 25 mil professores de Ensino Médio da rede
estadual receberão formação. Da 14ª CRE participaram do evento o Coordenador
Regional de Educação professor Adelino Jacó Seibt, a Coordenadora Adjunta
professora Tânia Rosana Matos Santiago, assessores do pedagógico e um grupo de
professores que atuam no Ensino Médio Politécnico.
Nada
melhor que alguns dados para apresentar a realidade do Ensino Médio e compreender
a necessidade dessa ação. A escolaridade líquida (idade esperada para o ensino
médio 15-17 anos) é de apenas 53,1%. A defasagem idade-série no Ensino Médio é
de 30,5% (INEP/MEC – Educacenso-censo
Escolar da Educação Básica 2010), uma vez que um grande número de jovens,
nessa faixa etária, frequenta o Ensino Fundamental.
Em
2011, a Rede Estadual de Ensino no Nível Médio teve um total de 354.509 alunos.
Desse total 279.570 (78,9%) estão na faixa etária de até 17 anos,
correspondente a esta etapa de ensino (DEPLAN/SEDUC/RS-2011).
Consta também que 84.000 (14,7%) jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola
(PNAD/IBGE -2009). Além dos dados
acima, ao mesmo tempo, constatam-se altos índices de abandono (13%)
especialmente no 1º ano, e de reprovação (21,7%) no decorrer do curso. Assim,
entre taxas de reprovação, abandono e evasão quase 1/3 dos jovens são, de
alguma forma, excluídos do Ensino Médio.
Diante
dos grandes desafios do Ensino Médio Brasileiro organiza-se um conjunto de
ações para enfrentá-los. O Pacto Nacional
constitui-se em proposta de formação continuada que terá como público alvo
os professores que atuam no Ensino Médio. Como ação prioritária situa-se a
formação continuada de professores, rediscutindo as práticas docentes à luz das
diretrizes curriculares para a formação da juventude do país. O documento
preliminar entende ser “importante realizar uma ampla reflexão referente à
temática ‘Sujeitos do Ensino Médio e Formação Humana Integral’ em conformidade
com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio” (DCNEM). Nesse
sentido, “propõe-se um curso de formação continuada composto por grupos de
estudos, na escola, para aprofundamento e atualização de conceitos fundamentais
que norteiam o Ensino Médio”.
O
Rio Grande do Sul saiu na dianteira na reestruturação do Ensino Médio e é
também o primeiro Estado a lançar o Pacto Nacional pelo Ensino Médio. Com a
implementação, em 2012, o Ensino Médio
Politécnico busca romper com ranços instituídos e propõe avanços no
compromisso com a aprendizagem para todos. O Pacto Nacional vem, desta forma, como uma ação a complementar ao que o Estado
está propondo. Ambas as propostas se constituem em política de Estado, na
medida em que se estendem para além de idiossincrasias governamentais, propondo
uma reestruturação e fortalecimento do Ensino Médio fundado nas DCNEM. As
dimensões Ciência, Cultura, Tecnologia e Trabalho são dimensões articuladoras
do currículo nas áreas do conhecimento e nos componentes curriculares. Seus
pressupostos filosóficos, antropológicos, epistemológicos e metodológicos também
estão alinhados. A pesquisa, a interdisciplinaridade, formação omnilateral
(formação integral), pluralidade, avaliação emancipatória, são conceitos comuns.
As
dificuldades estruturais, as queixas, as resistências de ordens diversas são
parte da caminhada. O que não é legítimo é que nada se faça diante do cenário
que se apresenta. A garantia de acesso, permanência e sucesso com qualidade aos
alunos do Ensino Médio é pauta de ação do Ensino Médio Politécnico e agora com
um reforço adicional do Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio.
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DA
PROMOÇÃO DOS MEMBROS DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
Clarice Teresinha Bassani
Professora da Rede Pública Estadual
Setor de Certificações- 14ª CRE
O Plano de Carreira do Magistério Estadual, Lei nº 6.672/74, no Capítulo I, Seção VII, Da Promoção, regulamentada pelo Decreto n. 48.743/2011, prevê aos professores e especialistas de educação “promoção por antiguidade e merecimento” com a possibilidade de ascensão na carreira, classe a classe.
A antiguidade, para
efeitos de promoção, será determinada pelo tempo de efetivo exercício do membro
do magistério na classe a que pertencer. Já, a promoção por merecimento
será avaliada pela demonstração de efetivo desempenho das atribuições do cargo
na classe a que pertencer, em conformidade com os registros existentes, apurada
cumulativamente nos períodos de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano, sendo
que a pontuação do merecimento será considerada em função do efetivo desempenho
na classe.
No entanto, devem-se levar em
conta os critérios para as promoções por merecimento, conforme o que
regulamenta o Decreto nº 48.743/11, no seu Anexo I: atualização e aperfeiçoamento/ formação
continuada (Encontros Educacionais promovidos pela Secretaria de Educação, Coordenadoria
Regional de Educação, Ministério da Educação ou Instituições de Ensino
Superior); contribuição no campo da educação e reconhecimento público; atividades
educacionais e serviços relevantes; responsabilidade profissional; rendimento e
qualidade pedagógica do trabalho. Estes critérios visam estimular a
qualificação dos membros do magistério, e desta forma, contribuir para a
melhoria e valorização do profissional, visto que a
competência desses profissionais é supervisionada em determinados períodos o
que é de suma importância, já que os conhecimentos mudam constantemente nos
dias de hoje, exigindo desses profissionais mudanças e aperfeiçoamento
constante. Sendo que a certificação é a legitimação da formação realizada pelo
professor.
Já
a avaliação dos professores acontecerá em dois ambientes. A FIRESC será
preenchida no ambiente do ISE e o Percurso Individual, que faz parte dos
critérios de avaliação por merecimento, no mesmo ambiente do SEAP- Sistema Estadual
de Avaliação. O resultado da avaliação do Percurso Individual integrará um dos
critérios da avaliação no Sistema ISE –FIRESC on- line. Compõem-se
os referidos ambientes de indicadores e descritores da qualidade na educação,
que deverão ser pontuados e respondidos considerando a função desempenhada pelo
professor: docente, especialista, apoio pedagógico, diretor e vice-diretor,
professores das Coordenadorias de Educação, Secretaria de Educação e Conselhos.
Esse processo possibilitará realizar uma reflexão sobre ações e condições do
atual desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem na rede estadual de
ensino.
Pensando neste sentido, a política de formação
continuada, que as próprias escolas elaboram com seus projetos de formação,
possibilita a obtenção de pontuação necessária para a avaliação por
merecimento, especialmente nos quesitos “encontros educacionais e cursos”. Da
mesma forma, a 14ª Coordenadoria de Regional de Educação, sendo uma instituição
gestora, proporciona durante o ano letivo diversos encontros, seminários,
cursos e palestras, destinados aos profissionais da educação que vão
em busca de formação continuada, de atualização, o que irá contribuir
diretamente para as mudanças que se fazem necessárias para a melhoria na
escola, e consequentemente, da educação.
Portanto,
considerando que a busca por qualificação resulta na melhoria da qualidade da
educação, bem como do aperfeiçoamento do profissional, para o desempenho de suas
atividades ao longo de toda sua jornada, a
14ª CRE vem incentivando seus profissionais para a busca e aprofundamento de seus
conhecimentos e relações interpessoais. É na participação que ocorre o desenvolvimento
profissional e pessoal, a cidadania e o comprometimento com as metas do meio em
que estão inseridos.
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
NAS ORGANIZAÇÕES
Inês Elisane Preuss
Leal
Professora da Rede
Pública Estadual
Setor de
Comunicação da 14ª CRE
Em todas às organizações públicas ou
privadas é preciso haver comunicação. Ela faz parte do ser humano e se processa
a todo instante. Comunica-se a qualquer hora e em qualquer lugar. Como é um
atributo ligado à atividade humana, dela depende o entendimento familiar,
social e profissional. Uma comunicação eficaz e hábil é o início do sucesso para
qualquer atividade profissional ou organizacional. De acordo com Stoner e Freeman (1999, p. 389) “a comunicação é definida
como o processo através do qual as pessoas tentam compartilhar significados por
meio da transmissão de mensagens simbólicas”.
Para melhor entender este processo, é
preciso considerar os componentes da comunicação que são: o emissor, a mensagem, o receptor, o canal e o feedback. O emissor que
transmite a mensagem, iniciando o processo da comunicação. Numa organização, o emissor
será a pessoa que tem informações necessárias ou desejos e o propósito de transmiti-las
a uma ou mais pessoas. Mensagem é a
forma física na qual o emissor codifica a informação contida na comunicação. Receptor é a pessoa que recebe a
mensagem do emissor e decodifica a mesma. Canal
é o meio de transmissão de uma pessoa para a outra, sendo, normalmente inseparável
da mensagem. O feedback é a reação do receptor à mensagem recebida, repetindo
o processo de comunicação com emissor, ou seja , é o retorno no processo da
comunicação.
Geralmente, quanto mais o processo de
decodificação do receptor se aproximar da mensagem pretendida pelo emissor,
mais eficaz será a comunicação.
Atualmente, nas grandes organizações,
como também na 14ª Coordenadoria Regional
de Educação, o meio eletrônico, através de e-mail e blog, já é a forma
mais usual e importante de comunicação e a tendência é aumentar sua importância
e concretizar sua autenticidade. O
contato direto continua sendo um instrumento insubstituível de comunicação,
onde encontros, reuniões, formações, grupos de trabalho, são formas de obter
resultados positivos no processo educacional. Também, para ajudar no
quesito informação, já faz parte do acervo da coordenadoria 2 livros
publicados, 1 revista e 2 livros Crianças e Jovens Escrevendo Histórias, além
de manter um dossiê de todas as matérias divulgadas e que referem-se à
educação.
Temos como parceiros de trabalho as
rádios e jornais locais de Santo Ângelo e dos municípios de abrangência desta
Coordenadoria. Através destes, podemos mostrar à comunidade um pouco do
trabalho desenvolvido. São entrevistas, notas de imprensa e a coluna semanal
que levam as informações mais relevantes deste órgão público.
Tendo em vista o valor da comunicação na
administração, é possível saber que sem boa comunicação é difícil conseguir uma
administração eficiente e que tenha grande sucesso. Portanto, uma das tarefas
do Setor de Comunicação da 14ª CRE, é procurar sempre fazer o melhor, e a habilidade
ao escrever é um ativo valorizado, pois desta forma é possível transmitir as
informações com clareza e definir melhor os conceitos e ideias que lhe são
específicas, permitindo que haja compreensão da mensagem pelo receptor.
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Blog: uma forma de comunicação
Iara Maria Sapper Griebeler
Professora da Rede Pública Estadual
Setor de Comunicação – 14 CRE
Com
a expansão da internet pelo mundo e a facilidade de comunicação que ela
proporciona, cresceu o interesse das pessoas em possuir seu próprio espaço na
web. Nesse sentido, o blog que é uma das ferramentas mais populares da internet,
também pode ser uma alternativa utilizada de forma gratuita para fins
educacionais.
O
blog, blogue, weblog ou caderno digital é uma página da WEB, que permite o acréscimo de atualizações de tamanho variável
chamados artigos ou posts. Estes
podem ser organizados de forma cronológica inversa ou divididos em links sequenciais, que trazem a temática
da página, podendo ser escritos por várias pessoas, dependendo das suas regras.
Neste espaço interativo, os visitantes podem fazer comentários sobre o texto
escrito, a imagem ou vídeo publicado, oportunidade em que estabelecem
comunicação em torno de um estudo ou discussão de ideias.
A utilização de blogs na educação
possibilita o enriquecimento das aulas e projetos, provocando interesse nos alunos pelo novo e explorando o
seu potencial. Basta adequá-los aos objetivos educacionais, para que o
conhecimento seja construído através da interação dos recursos informáticos e
das capacidades individuais, criando um ambiente favorável para a aprendizagem.
De
acordo com Martins, Zenker (2006), dentre as diversas razões para trabalharmos
com este recurso na educação, destacamos os seguintes:
ü Os alunos percebem que podem produzir
algo que será disponibilizado para qualquer pessoa, assim como tem feito alguns
artistas, jornalistas e outros profissionais famosos;
ü Possibilita um trabalho interdisciplinar;
ü Integra o ensino, aprendizagem e avaliação;
ü Propicia uma visão holística (relação
parte e todo);
ü Incentiva o aluno a refletir sobre seu próprio
trabalho;
ü Permite que alunos e professores tenham
dimensão do processo de construção e aprendizagem;
ü Melhora a auto-estima dos alunos;
ü Incentiva os alunos a valorizarem e divulgarem
suas produções;
ü Desenvolve habilidades de leitura, escrita,
análise e síntese;
ü Não é uma atividade exclusivamente escolar, o
que a torna mais interessante para os alunos;
ü Os pais podem ter acesso e dessa forma passam
a valorizar mais o que os filhos fazem na escola.
O blog também possui outras vantagens
educativas significativas para o incentivo à interação e colaboração. Oliveira
(2008) cita a possibilidade de desenvolver o papel do professor como mediador
na produção de conhecimento, já que ele tem um papel ativo de instigar as
discussões por meio de comentários, potencializando a interação entre a classe;
incentivar a escrita colaborativa, a autoria, o pensamento crítico e a
capacidade argumentativa; estimular o aprendizado extra-classe de forma lúdica;
desenvolver a habilidade de pesquisar e selecionar informações.
Moran (2007) enfatiza o uso do blog
educacional afirmando que “quando focamos mais a aprendizagem dos alunos do que
o ensino, a publicação da produção deles se torna fundamental”. Sabemos que
muitas escolas já fazem uso dessa ferramenta para divulgação de suas atividades
e projetos, desta forma, essa ferramenta pode constituir-se num recurso que
aproxima a comunidade escolar, sem contar que, com o uso das TICs -Tecnologia
da Informação e Comunicação, a escola cumpre o seu papel de preparar o aluno
para os desafios impostos pela sociedade.
A 14ª Coordenadoria Regional de Educação
também mantém seu blog: http://14cresantoangelo.blogspot.com.br com o objetivo de divulgar o trabalho
realizado e aproximar as comunidades escolares da sua área de abrangência que
envolve 11 municípios na região missioneira.
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Vera Lúcia Ferreira de Andrade
Professora da Rede Pública Estadual do Rio Grande do Sul
A Educação de Jovens e Adultos - EJA – é uma das
políticas nacionais que vem contribuir para a inclusão social. Encurta a
distância entre incluídos e excluídos das novas formas de conhecimentos que são
indispensáveis para o mundo do trabalho, para a organização de trabalhadores,
para novos processos de produção, para cidadãos participantes de uma sociedade
em constante transformação visando à qualidade de vida.
A Modalidade de Educação de
Jovens e Adultos, no Ensino Fundamental a partir dos 15 anos de idade e Ensino
Médio a partir dos 18 anos de idade, é destinada aos jovens e adultos que não
tiveram oportunidade de efetuar os estudos na idade própria, é pautada pela
flexibilidade, tanto de currículo quanto de tempo e espaço.
Para atender a essa numerosa
e heterogênea clientela que se caracteriza por uma diversidade de interesses e
competências adquiridas na prática social, a Educação de Jovens e Adultos nos
níveis fundamental e médio deverá ter seu Projeto Político Pedagógico
construído e implementado, atendendo aos interesses e necessidades dessa população
que se caracteriza pela diversidade. Deve resgatar e valorizar conhecimentos,
habilidades e competências já adquiridos em diversos espaços educativos, formais
ou informais. Valer-se de procedimentos didáticos e pedagógicos é uma demanda
desses sujeitos. A pesquisa, a resolução de problemas e uma avaliação
apropriada, deve possibilitar que os alunos demonstrem suas aptidões e avancem
progressivamente, compreendendo seus contextos sociais, culturais, econômicos e
políticos, construindo e reconstruindo seus conhecimentos de forma
participativa criando condições para o exercício da cidadania crítica.
O
grande desafio para os gestores e educadores é prever em seu Projeto Político Pedagógico
a compreensão e atendimentos de demandas específicas de expectativas que
deverão ser respeitadas: a integração, a valorização, a motivação e a socialização,
entre outros, necessitam ser contemplados e respeitados para que a permanência
e continuidade se concretizem.
A Educação de Jovens e Adultos deve construir
sua identidade, reconhecendo a diversidade cultural dos sujeitos. Deve voltar
suas atividades para o atendimento dessa população incentivando suas
potencialidades, promovendo sua autonomia, levando os seus alunos a serem
sujeitos do aprender a aprender, apropriando-se, gradativamente, do mundo do
fazer, do conhecer, do pensar, do agir e do conviver.
A Educação de Jovens e Adultos contribui para
a igualdade social. Em uma sociedade onde o código escrito ocupa lugar
privilegiado, onde a leitura e a escrita são bens relevantes, o não acesso a
eles é um limite à cidadania e seu preparo para o mudo produtivo. Como direito
de todos e dever do Estado, a EJA faz parte da educação permanente das pessoas,
espaço de acesso, sempre que desejarem, a um novo conhecimento atendendo às
exigências e aos desafios do mundo atual.
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Já para 2014, os valores do Programa
Estadual de Apoio ao Transporte Escolar do Rio Grande do Sul – PEATE/RS ainda
estão sendo calculado pela Secretaria da Fazenda do Estado. Vale lembrar que o valor
corresponde ao número de alunos matriculados
informados no Censo Escolar INEP/MEC de 2013, residentes no meio rural.
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O TRANSPORTE ESCOLAR NO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Erica Teresinha Suski
Setor de Apoio aos Municípios
14ª CRE
A Constituição Federal de 1988 traz como um dos fundamentos da
República, a cidadania, considerando a educação como elemento essencial para sua
construção. É assegurado o acesso de
todos à educação, sendo dever do Estado e da família promover sua
implementação, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a
vida, para o exercício da cidadania e para sua qualificação profissional.
Nesse propósito, o Transporte Escolar
figura como importante elemento para a garantia da Educação, concorrendo para a
aplicação de dois dos princípios do ensino: o da igualdade de condições de
acesso e permanência na escola e o da gratuidade do ensino público nos
estabelecimentos oficiais.
Nesse sentido, o Poder Público tem como primeiro dever a oferta da
escola perto da residência dos alunos, capaz de atender à demanda da comunidade
onde está instalada. Inexistindo essa escola perto de casa, é dever do Poder
Público ofertar transporte escolar gratuito e de qualidade para os alunos. Este
direito é assegurado pela Constituição Federal (Art. 208, VII), como também
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Art. 54) e pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação - LDB (Art 4°), estando o Estado obrigado a
garantir, através de programas suplementares, o serviço de transporte escolar.
Visando a garantia deste direito, no RS, a Lei 12.882 de 03 de janeiro
de 2008, regulamentada pelo Decreto Nº 45.465, de 30 de janeiro de 2008 instituiu
o Programa de Apoio ao Transporte Escolar no Rio Grande do Sul (PEATE/RS) pela
Secretaria de Estado da Educação, com objetivo
de transferir recursos financeiros diretamente aos Municípios que realizam o
transporte escolar de alunos da educação básica da rede pública estadual,
residentes no meio rural, com distância, mínima, de dois quilômetros entre sua
residência e a escola pública mais próxima.
Para participar do
PEATE/RS, o Município deverá se habilitar ao Programa, mediante a assinatura de
um Termo de Adesão, sem necessidade de qualquer outro acordo, contrato ou
convênio.
Além do recurso do PEATE/RS
aos municípios para o financiamento do transporte escolar de alunos da rede
estadual, o Estado autoriza o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) a repassar diretamente aos municípios os recursos do PNATE ( Programa
Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar), relativos aos alunos da rede
estadual de ensino.
Vale
ressaltar que os valores que compõem o programa apresentaram crescimento significativo,
ano após ano, conforme tabela abaixo:
|
2008
|
2009
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
Total para os 11 municípios da 14ª CRE
|
756.778,00
|
826.936,80
|
1.067.052,00
|
1.171.991,60
|
1.430.487,30
|
1.777.648,89
|
Vimos, portanto, que todos têm direito a uma educação
pública de qualidade, sendo o Transporte Escolar um dos elementos essenciais
para a efetivação desse direito fundamental. Esse serviço público deve ser
ofertado pelo Poder Público de forma satisfatória sempre que seu direito à escola
perto de casa não for efetivado.
Assim, o Termo de Adesão entre o Estado e os Municípios
é a forma mais coerente de fazer o transporte, pois colabora e impede o gasto
duplo, já que alunos do Município e do Estado utilizam o mesmo veículo na
maioria dos roteiros.
ATIVIDADES EXTRACURRICULARES DESENVOLVIDAS PELA 14ª COORDENADORIA
REGIONAL DE EDUCAÇÃO
Maria Lucia dos Santos Mousquer
Professora da Rede Pública Estadual
Setor de Comunicação da 14ª CRE
Ao longo dos 61 anos dedicados à educação,
a 14ª Coordenadoria Regional de Educação sempre esteve inserida em diversas
atividades junto à comunidade escolar de sua abrangência, tanto no âmbito
social, econômico, ético, quanto cultural e até mesmo histórico, tendo sempre
como princípio norteador a qualidade da educação, o que explica a integração
dessas atividades junto a vários segmentos da sociedade.
Com o passar dos tempos, à medida que a
sociedade evolui, quer seja materialmente, quer seja ideologicamente, tais
atividades passaram a fazer parte do cotidiano escolar, isto é, novos valores
foram assimilados e muitos funcionam como regras de conduta a serem cumpridas
tanto no cunho social como educacional e que farão parte da vida do educando.
Atualmente a 14ª CRE desenvolve diversos
programas com atividades extracurriculares, destacamos entre eles:
- Mais Educação, que funciona em
turno inverso ao regular e oferece atividades educativas complementares aos
educandos;
- Escola Aberta, todos os finais
de semana a escola permanece aberta com diversas atividades para a comunidade;
- Jergs, Jogos Escolares do Rio
Grande do Sul;
-Olimpíadas Culturais em conjunto
com a OAB;
- Fenamilho;
- Campanha do Agasalho;
- Formação continuada de
professores;
- Desfile Estudantil;
- Show de Bandas Escolares
incluindo escolas Municipais e Estaduais;
- Desfile da Semana Farroupilha;
- Feira do livro em Santo Ângelo,
com lançamentos de livros por professores e também por Crianças e Jovens da 14ª
CRE.
- Participação de alunos na Feira do Livro em
Porto Alegre com Lançamento do Livro “Crianças e Jovens do Rio Grande do Sul
escrevendo História”.
Essas atividades simultâneas à educação de
sala de aula representa o contato direto do aluno no dia a dia com a
comunidade, na busca primordial de conhecê-la e compreendê-la, para então obter
os efeitos idealizados num processo ensino-aprendizagem, formando um cidadão capaz
e preparado para a vida. Dada à importância dos programas cabe à Coordenadoria
de Educação a implantação e monitoramento dos mesmos.
Nesse contexto há de se destacar, também, o
papel do Governo do Estado, através da Secretaria de Educação promovendo uma educação
inclusiva, para que os movimentos sociais participem do exercício da educação,
desenvolvendo a cidadania por meio de um aprendizado justo, de inserção e
igualitário para todos.
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