Espaço para artigos


E.E.E.F. HERBERT DE SOUZA

COMPLETA 15 ANOS

Andréia Benvenutti da Rosa

    A Escola está inserida no CASESA (Centro de Atendimento Socioeducativo Regional Santo Ângelo - RS), atende educandos privados de liberdade que cumprem medida socioeducativa e está voltada para a construção do conhecimento, fundamentado nos princípios de dignidade, de justiça, ética e fortalecimento de valores básicos para a convivência socialmente desejável.

No decorrer da História, a Escola passou por muitas transformações. Inicialmente, o número maior de educandos era dos anos iniciais do Ensino Fundamental; atualmente, são dos anos finais, bem como houve a necessidade da implantação do Ensino Médio. A modalidade de ensino é EJA (Educação de Jovens e Adultos) por contemplar as necessidades dos educandos  que nos desafiam a trabalhar o conhecimento por totalidades, evitando a fragmentação.

Atualmente, tem-se uma relação democrática na escola onde prevalece o diálogo, o respeito das diferentes ideias. O espaço para estudo, planejamento, formação e troca de experiências são valorizados e priorizados por criarem uma relação de cumplicidade entre os educadores. As decisões são coletivas, não poderiam ser diferentes, pois estariam contrariando a Projeto Político Pedagógico. Nestes 15 anos, já se presenciou momentos de opressão e perseguição na Escola, inclusive a legislação foi banalizada, até mesmo em alguns momentos, o próprio papel da Escola.

Estudar não é fácil, exige esforço e vontade, se contra- pondo a outras atividades mais atrativas. Por outro lado, para o jovem privado de liberdade, a Escola é o espaço de expressar sentimentos, ideias, convicções, de ouvir e ser ouvido, recuperar o tempo afastado dos estudos e de despertar o gosto de estudar. Por isso muitas vezes, os melhores momentos e as atividades mais prazerosas deles estão no ambiente escolar.
Trabalhar com o jovem que cumpre medida socioeducativa requer um perfil, pois se atende aos quais a família, escola e a sociedade falharam, ou não foram exitosos. Portanto, o educador precisa ver o ser humano que está diante de si sem a preocupação com o delito, pois todos são capazes de mudar e aprender.
A educação e a escolarização podem ajudar a desenvolver estes cidadãos, para Betinho:A democratização das nossas sociedades se constrói a partir da democratização das informações, do conhecimento, das mídias, da formulação e debate dos caminhos e dos processos de mudança”. Percebe-se que a educação é fundamental para que isso aconteça. No decorrer do tempo, percebemos avanços, o número de educandos nas séries finais do Ensino Fundamental e Médio aumentaram significativamente.
Para um jovem que fica privado de liberdade por um ano é muito tempo, por quinze anos é uma eternidade. Assim também é o tempo de nossa Escola. Acontecem milhares de coisas em quinze anos. O que fica é a esperança e a prática de que a educação transforma o homem.


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PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO

Martin Kuhn

                A Secretaria de Estado da Educação do RS (Seduc) promoveu nesta segunda-feira (09-12), durante todo o dia, o “Seminário Estadual de Lançamento do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio”, no Centro de Eventos do hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Participaram mais de mil professores, autoridades, representantes do Ministério da Educação (MEC) e reitores das Universidades Públicas do Rio Grande do Sul. O objetivo do Pacto é contemplar 500 mil professores, nos 26 estados e no Distrito Federal, através da formação continuada em serviço dos docentes com a parceria de 40 universidades, prevendo, inclusive, a concessão de bolsas para os educadores. No RS, primeiro estado a lançar o pacto, mais de 25 mil professores de Ensino Médio da rede estadual receberão formação. Da 14ª CRE participaram do evento o Coordenador Regional de Educação professor Adelino Jacó Seibt, a Coordenadora Adjunta professora Tânia Rosana Matos Santiago, assessores do pedagógico e um grupo de professores que atuam no Ensino Médio Politécnico.
          Nada melhor que alguns dados para apresentar a realidade do Ensino Médio e compreender a necessidade dessa ação. A escolaridade líquida (idade esperada para o ensino médio 15-17 anos) é de apenas 53,1%. A defasagem idade-série no Ensino Médio é de 30,5% (INEP/MEC – Educacenso-censo Escolar da Educação Básica 2010), uma vez que um grande número de jovens, nessa faixa etária, frequenta o Ensino Fundamental.
          Em 2011, a Rede Estadual de Ensino no Nível Médio teve um total de 354.509 alunos. Desse total 279.570 (78,9%) estão na faixa etária de até 17 anos, correspondente a esta etapa de ensino (DEPLAN/SEDUC/RS-2011). Consta também que 84.000 (14,7%) jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola (PNAD/IBGE -2009). Além dos dados acima, ao mesmo tempo, constatam-se altos índices de abandono (13%) especialmente no 1º ano, e de reprovação (21,7%) no decorrer do curso. Assim, entre taxas de reprovação, abandono e evasão quase 1/3 dos jovens são, de alguma forma, excluídos do Ensino Médio.
          Diante dos grandes desafios do Ensino Médio Brasileiro organiza-se um conjunto de ações para enfrentá-los. O Pacto Nacional constitui-se em proposta de formação continuada que terá como público alvo os professores que atuam no Ensino Médio. Como ação prioritária situa-se a formação continuada de professores, rediscutindo as práticas docentes à luz das diretrizes curriculares para a formação da juventude do país. O documento preliminar entende ser “importante realizar uma ampla reflexão referente à temática ‘Sujeitos do Ensino Médio e Formação Humana Integral’ em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio” (DCNEM). Nesse sentido, “propõe-se um curso de formação continuada composto por grupos de estudos, na escola, para aprofundamento e atualização de conceitos fundamentais que norteiam o Ensino Médio”.
          O Rio Grande do Sul saiu na dianteira na reestruturação do Ensino Médio e é também o primeiro Estado a lançar o Pacto Nacional pelo Ensino Médio. Com a implementação, em 2012, o Ensino Médio Politécnico busca romper com ranços instituídos e propõe avanços no compromisso com a aprendizagem para todos. O Pacto Nacional vem, desta forma, como uma ação a complementar ao que o Estado está propondo. Ambas as propostas se constituem em política de Estado, na medida em que se estendem para além de idiossincrasias governamentais, propondo uma reestruturação e fortalecimento do Ensino Médio fundado nas DCNEM. As dimensões Ciência, Cultura, Tecnologia e Trabalho são dimensões articuladoras do currículo nas áreas do conhecimento e nos componentes curriculares. Seus pressupostos filosóficos, antropológicos, epistemológicos e metodológicos também estão alinhados. A pesquisa, a interdisciplinaridade, formação omnilateral (formação integral), pluralidade, avaliação emancipatória, são conceitos comuns.
          As dificuldades estruturais, as queixas, as resistências de ordens diversas são parte da caminhada. O que não é legítimo é que nada se faça diante do cenário que se apresenta. A garantia de acesso, permanência e sucesso com qualidade aos alunos do Ensino Médio é pauta de ação do Ensino Médio Politécnico e agora com um reforço adicional do Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio.
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DA PROMOÇÃO DOS MEMBROS DO MAGISTÉRIO PÚBLICO


Clarice Teresinha Bassani
Professora da Rede Pública Estadual
Setor de Certificações- 14ª CRE

O Plano de Carreira do Magistério Estadual, Lei nº 6.672/74, no Capítulo I, Seção VII, Da Promoção, regulamentada pelo Decreto n. 48.743/2011, prevê aos professores e especialistas de educão “promoção por antiguidade e merecimento” com a possibilidade de ascensão na carreira, classe a classe.
       A antiguidade, para efeitos de promoção, será determinada pelo tempo de efetivo exercício do membro do magistério na classe a que pertencer. Já, a promoção por merecimento será avaliada pela demonstração de efetivo desempenho das atribuições do cargo na classe a que pertencer, em conformidade com os registros existentes, apurada cumulativamente nos períodos de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano, sendo que a pontuação do merecimento será considerada em função do efetivo desempenho na classe.
 No entanto, devem-se levar em conta os critérios para as promoções por merecimento, conforme o que regulamenta o Decreto nº 48.743/11, no seu Anexo I: atualização e aperfeiçoamento/ formação continuada (Encontros Educacionais promovidos pela Secretaria de Educação, Coordenadoria Regional de Educação, Ministério da Educação ou Instituições de Ensino Superior); contribuição no campo da educação e reconhecimento público; atividades educacionais e serviços relevantes; responsabilidade profissional; rendimento e qualidade pedagógica do trabalho. Estes critérios visam estimular a qualificação dos membros do magistério, e desta forma, contribuir para a melhoria e valorização do profissional, visto que a competência desses profissionais é supervisionada em determinados períodos o que é de suma importância, já que os conhecimentos mudam constantemente nos dias de hoje, exigindo desses profissionais mudanças e aperfeiçoamento constante. Sendo que a certificação é a legitimação da formação realizada pelo professor.
  Já a avaliação dos professores acontecerá em dois ambientes. A FIRESC será preenchida no ambiente do ISE e o Percurso Individual, que faz parte dos critérios de avaliação por merecimento, no mesmo ambiente do SEAP- Sistema Estadual de Avaliação. O resultado da avaliação do Percurso Individual integrará um dos critérios da avaliação no Sistema ISE –FIRESC on- line. Compõem-se os referidos ambientes de indicadores e descritores da qualidade na educação, que deverão ser pontuados e respondidos considerando a função desempenhada pelo professor: docente, especialista, apoio pedagógico, diretor e vice-diretor, professores das Coordenadorias de Educação, Secretaria de Educação e Conselhos. Esse processo possibilitará realizar uma reflexão sobre ações e condições do atual desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem na rede estadual de ensino.
    Pensando neste sentido, a política de formação continuada, que as próprias escolas elaboram com seus projetos de formação, possibilita a obtenção de pontuação necessária para a avaliação por merecimento, especialmente nos quesitos “encontros educacionais e cursos”. Da mesma forma, a 14ª Coordenadoria de Regional de Educação, sendo uma instituição gestora, proporciona durante o ano letivo diversos encontros, seminários, cursos e palestras, destinados aos profissionais da educação que vão em busca de formação continuada, de atualização, o que irá contribuir diretamente para as mudanças que se fazem necessárias para a melhoria na escola, e consequentemente, da educação.
    Portanto, considerando que a busca por qualificação resulta na melhoria da qualidade da educação, bem como do aperfeiçoamento do profissional, para o desempenho de suas atividades ao longo de toda sua jornada, a 14ª CRE vem incentivando seus profissionais para a busca e aprofundamento de seus conhecimentos e relações interpessoais. É na participação que ocorre o desenvolvimento profissional e pessoal, a cidadania e o comprometimento com as metas do meio em que estão inseridos. 
 
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Inês Elisane Preuss Leal
Professora da Rede Pública Estadual
Setor de Comunicação da 14ª CRE
Em todas às organizações públicas ou privadas é preciso haver comunicação. Ela faz parte do ser humano e se processa a todo instante. Comunica-se a qualquer hora e em qualquer lugar. Como é um atributo ligado à atividade humana, dela depende o entendimento familiar, social e profissional. Uma comunicação eficaz e hábil é o início do sucesso para qualquer atividade profissional ou organizacional.      De acordo com Stoner e Freeman (1999, p. 389) “a comunicação é definida como o processo através do qual as pessoas tentam compartilhar significados por meio da transmissão de mensagens simbólicas”.
Para melhor entender este processo, é preciso considerar os componentes da comunicação que são: o emissor, a mensagem, o receptor, o canal e o feedback. O emissor que transmite a mensagem, iniciando o processo da comunicação. Numa organização, o emissor será a pessoa que tem informações necessárias ou desejos e o propósito de transmiti-las a uma ou mais pessoas. Mensagem é a forma física na qual o emissor codifica a informação contida na comunicação. Receptor é a pessoa que recebe a mensagem do emissor e decodifica a mesma. Canal é o meio de transmissão de uma pessoa para a outra, sendo, normalmente inseparável da mensagem. O feedback é a reação do receptor à mensagem recebida, repetindo o processo de comunicação com emissor, ou seja , é o retorno no processo da comunicação. 
Geralmente, quanto mais o processo de decodificação do receptor se aproximar da mensagem pretendida pelo emissor, mais eficaz será a comunicação.
Atualmente, nas grandes organizações, como também na 14ª Coordenadoria Regional de Educação, o meio eletrônico, através de e-mail e blog, já é a forma mais usual e importante de comunicação e a tendência é aumentar sua importância e concretizar sua autenticidade. O contato direto continua sendo um instrumento insubstituível de comunicação, onde encontros, reuniões, formações, grupos de trabalho, são formas de obter resultados positivos no processo educacional. Também, para ajudar no quesito informação, já faz parte do acervo da coordenadoria 2 livros publicados, 1 revista e 2 livros Crianças e Jovens Escrevendo Histórias, além de manter um dossiê de todas as matérias divulgadas e que referem-se à educação.
Temos como parceiros de trabalho as rádios e jornais locais de Santo Ângelo e dos municípios de abrangência desta Coordenadoria. Através destes, podemos mostrar à comunidade um pouco do trabalho desenvolvido. São entrevistas, notas de imprensa e a coluna semanal que levam as informações mais relevantes deste órgão público.
Tendo em vista o valor da comunicação na administração, é possível saber que sem boa comunicação é difícil conseguir uma administração eficiente e que tenha grande sucesso. Portanto, uma das tarefas do Setor de Comunicação da 14ª CRE, é procurar sempre fazer o melhor, e a habilidade ao escrever é um ativo valorizado, pois desta forma é possível transmitir as informações com clareza e definir melhor os conceitos e ideias que lhe são específicas, permitindo que haja compreensão da mensagem pelo receptor.
 
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Blog: uma forma de comunicação
Iara Maria Sapper Griebeler
Professora da Rede Pública Estadual
Setor de Comunicação – 14 CRE
Com a expansão da internet pelo mundo e a facilidade de comunicação que ela proporciona, cresceu o interesse das pessoas em possuir seu próprio espaço na web. Nesse sentido, o blog que é uma das ferramentas mais populares da internet, também pode ser uma alternativa utilizada de forma gratuita para fins educacionais.
O blog, blogue, weblog ou caderno digital é uma página da WEB, que permite o acréscimo de atualizações de tamanho variável chamados artigos ou posts. Estes podem ser organizados de forma cronológica inversa ou divididos em links sequenciais, que trazem a temática da página, podendo ser escritos por várias pessoas, dependendo das suas regras. Neste espaço interativo, os visitantes podem fazer comentários sobre o texto escrito, a imagem ou vídeo publicado, oportunidade em que estabelecem comunicação em torno de um estudo ou discussão de ideias.
     A utilização de blogs na educação possibilita o enriquecimento das aulas e projetos, provocando  interesse nos alunos pelo novo e explorando o seu potencial. Basta adequá-los aos objetivos educacionais, para que o conhecimento seja construído através da interação dos recursos informáticos e das capacidades individuais, criando um ambiente favorável para a aprendizagem.
     De acordo com Martins, Zenker (2006), dentre as diversas razões para trabalharmos com este recurso na educação, destacamos os seguintes:
ü Os alunos percebem que podem produzir algo que será disponibilizado para qualquer pessoa, assim como tem feito alguns artistas, jornalistas e outros profissionais famosos;
ü  Possibilita um trabalho interdisciplinar;
ü  Integra o ensino, aprendizagem e avaliação;
ü Propicia uma visão holística (relação parte e todo);
ü  Incentiva o aluno a refletir sobre seu próprio trabalho;
ü  Permite que alunos e professores tenham dimensão do processo de construção e aprendizagem;
ü  Melhora a auto-estima dos alunos;
ü  Incentiva os alunos a valorizarem e divulgarem suas produções;
ü  Desenvolve habilidades de leitura, escrita, análise e síntese;
ü  Não é uma atividade exclusivamente escolar, o que a torna mais interessante para os alunos;
ü  Os pais podem ter acesso e dessa forma passam a valorizar mais o que os filhos fazem na escola.
     O blog também possui outras vantagens educativas significativas para o incentivo à interação e colaboração. Oliveira (2008) cita a possibilidade de desenvolver o papel do professor como mediador na produção de conhecimento, já que ele tem um papel ativo de instigar as discussões por meio de comentários, potencializando a interação entre a classe; incentivar a escrita colaborativa, a autoria, o pensamento crítico e a capacidade argumentativa; estimular o aprendizado extra-classe de forma lúdica; desenvolver a habilidade de pesquisar e selecionar informações.
    Moran (2007) enfatiza o uso do blog educacional afirmando que “quando focamos mais a aprendizagem dos alunos do que o ensino, a publicação da produção deles se torna fundamental”. Sabemos que muitas escolas já fazem uso dessa ferramenta para divulgação de suas atividades e projetos, desta forma, essa ferramenta pode constituir-se num recurso que aproxima a comunidade escolar, sem contar que, com o uso das TICs -Tecnologia da Informação e Comunicação, a escola cumpre o seu papel de preparar o aluno para os desafios impostos pela sociedade.
      A 14ª Coordenadoria Regional de Educação também mantém seu blog: http://14cresantoangelo.blogspot.com.br com o objetivo de divulgar o trabalho realizado e aproximar as comunidades escolares da sua área de abrangência que envolve 11 municípios na região missioneira.
 
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Vera Lúcia Ferreira de Andrade

Professora da Rede Pública Estadual do Rio Grande do Sul

 

      A Educação de Jovens e Adultos - EJA – é uma das políticas nacionais que vem contribuir para a inclusão social. Encurta a distância entre incluídos e excluídos das novas formas de conhecimentos que são indispensáveis para o mundo do trabalho, para a organização de trabalhadores, para novos processos de produção, para cidadãos participantes de uma sociedade em constante transformação visando à qualidade de vida. 
      A Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, no Ensino Fundamental a partir dos 15 anos de idade e Ensino Médio a partir dos 18 anos de idade, é destinada aos jovens e adultos que não tiveram oportunidade de efetuar os estudos na idade própria, é pautada pela flexibilidade, tanto de currículo quanto de tempo e espaço.
      Para atender a essa numerosa e heterogênea clientela que se caracteriza por uma diversidade de interesses e competências adquiridas na prática social, a Educação de Jovens e Adultos nos níveis fundamental e médio deverá ter seu Projeto Político Pedagógico construído e implementado, atendendo aos interesses e necessidades dessa população que se caracteriza pela diversidade. Deve resgatar e valorizar conhecimentos, habilidades e competências já adquiridos em diversos espaços educativos, formais ou informais. Valer-se de procedimentos didáticos e pedagógicos é uma demanda desses sujeitos. A pesquisa, a resolução de problemas e uma avaliação apropriada, deve possibilitar que os alunos demonstrem suas aptidões e avancem progressivamente, compreendendo seus contextos sociais, culturais, econômicos e políticos, construindo e reconstruindo seus conhecimentos de forma participativa criando condições para o exercício da cidadania crítica.
      O grande desafio para os gestores e educadores é prever em seu Projeto Político Pedagógico a compreensão e atendimentos de demandas específicas de expectativas que deverão ser respeitadas: a integração, a valorização, a motivação e a socialização, entre outros, necessitam ser contemplados e respeitados para que a permanência e continuidade se concretizem. 
       A Educação de Jovens e Adultos deve construir sua identidade, reconhecendo a diversidade cultural dos sujeitos. Deve voltar suas atividades para o atendimento dessa população incentivando suas potencialidades, promovendo sua autonomia, levando os seus alunos a serem sujeitos do aprender a aprender, apropriando-se, gradativamente, do mundo do fazer, do conhecer, do pensar, do agir e do conviver. 
       A Educação de Jovens e Adultos contribui para a igualdade social. Em uma sociedade onde o código escrito ocupa lugar privilegiado, onde a leitura e a escrita são bens relevantes, o não acesso a eles é um limite à cidadania e seu preparo para o mudo produtivo. Como direito de todos e dever do Estado, a EJA faz parte da educação permanente das pessoas, espaço de acesso, sempre que desejarem, a um novo conhecimento atendendo às exigências e aos desafios do mundo atual.

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O TRANSPORTE ESCOLAR NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL


Erica Teresinha Suski
Setor de Apoio aos Municípios
14ª CRE
 

A Constituição Federal de 1988 traz como um dos fundamentos da República, a cidadania, considerando a educação como elemento essencial para sua construção.  É assegurado o acesso de todos à educação, sendo dever do Estado e da família promover sua implementação, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a vida, para o exercício da cidadania e para sua qualificação profissional.  
Nesse propósito, o Transporte Escolar figura como importante elemento para a garantia da Educação, concorrendo para a aplicação de dois dos princípios do ensino: o da igualdade de condições de acesso e permanência na escola e o da gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais.
Nesse sentido, o Poder Público tem como primeiro dever a oferta da escola perto da residência dos alunos, capaz de atender à demanda da comunidade onde está instalada. Inexistindo essa escola perto de casa, é dever do Poder Público ofertar transporte escolar gratuito e de qualidade para os alunos. Este direito é assegurado pela Constituição Federal (Art. 208, VII), como também pelo Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Art. 54) e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB (Art 4°), estando o Estado obrigado a garantir, através de programas suplementares, o serviço de transporte escolar.
Visando a garantia deste direito, no RS, a Lei 12.882 de 03 de janeiro de 2008, regulamentada pelo Decreto Nº 45.465, de 30 de janeiro de 2008 instituiu o Programa de Apoio ao Transporte Escolar no Rio Grande do Sul (PEATE/RS) pela Secretaria de Estado da Educação, com objetivo de transferir recursos financeiros diretamente aos Municípios que realizam o transporte escolar de alunos da educação básica da rede pública estadual, residentes no meio rural, com distância, mínima, de dois quilômetros entre sua residência e a escola pública mais próxima.
Para participar do PEATE/RS, o Município deverá se habilitar ao Programa, mediante a assinatura de um Termo de Adesão, sem necessidade de qualquer outro acordo, contrato ou convênio.
Além do recurso do PEATE/RS aos municípios para o financiamento do transporte escolar de alunos da rede estadual, o Estado autoriza o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a repassar diretamente aos municípios os recursos do PNATE ( Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar), relativos aos alunos da rede estadual de ensino.
Vale ressaltar que os valores que compõem o programa apresentaram crescimento significativo, ano após ano, conforme tabela abaixo:
 


 

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Total para os 11 municípios da 14ª CRE

756.778,00

826.936,80

1.067.052,00

1.171.991,60

1.430.487,30

1.777.648,89
Já para 2014, os valores do Programa Estadual de Apoio ao Transporte Escolar do Rio Grande do Sul – PEATE/RS ainda estão sendo calculado pela Secretaria da Fazenda do Estado. Vale lembrar que o valor corresponde ao número de alunos matriculados  informados no Censo Escolar INEP/MEC de 2013, residentes no meio rural.
Vimos, portanto, que todos têm direito a uma educação pública de qualidade, sendo o Transporte Escolar um dos elementos essenciais para a efetivação desse direito fundamental. Esse serviço público deve ser ofertado pelo Poder Público de forma satisfatória sempre que seu direito à escola perto de casa não for efetivado.
Assim, o Termo de Adesão entre o Estado e os Municípios é a forma mais coerente de fazer o transporte, pois colabora e impede o gasto duplo, já que alunos do Município e do Estado utilizam o mesmo veículo na maioria dos roteiros.

 

ATIVIDADES EXTRACURRICULARES DESENVOLVIDAS PELA 14ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO
 
Maria Lucia dos Santos Mousquer
Professora da Rede Pública Estadual
Setor de Comunicação da 14ª CRE

       Ao longo dos 61 anos dedicados à educação, a 14ª Coordenadoria Regional de Educação sempre esteve inserida em diversas atividades junto à comunidade escolar de sua abrangência, tanto no âmbito social, econômico, ético, quanto cultural e até mesmo histórico, tendo sempre como princípio norteador a qualidade da educação, o que explica a integração dessas atividades junto a vários segmentos da sociedade.
      Com o passar dos tempos, à medida que a sociedade evolui, quer seja materialmente, quer seja ideologicamente, tais atividades passaram a fazer parte do cotidiano escolar, isto é, novos valores foram assimilados e muitos funcionam como regras de conduta a serem cumpridas tanto no cunho social como educacional e que farão parte da vida do educando.
     Atualmente a 14ª CRE desenvolve diversos programas com atividades extracurriculares, destacamos entre eles:
- Mais Educação, que funciona em turno inverso ao regular e oferece atividades educativas complementares aos educandos;
- Escola Aberta, todos os finais de semana a escola permanece aberta com diversas atividades para a comunidade;
- Jergs, Jogos Escolares do Rio Grande do Sul;
-Olimpíadas Culturais em conjunto com a OAB;
- Fenamilho;
- Campanha do Agasalho;
- Formação continuada de professores;
- Desfile Estudantil;
- Show de Bandas Escolares incluindo escolas Municipais e Estaduais;
- Desfile da Semana Farroupilha;
- Feira do livro em Santo Ângelo, com lançamentos de livros por professores e também por Crianças e Jovens da 14ª CRE.
 - Participação de alunos na Feira do Livro em Porto Alegre com Lançamento do Livro “Crianças e Jovens do Rio Grande do Sul escrevendo História”.
       Essas atividades simultâneas à educação de sala de aula representa o contato direto do aluno no dia a dia com a comunidade, na busca primordial de conhecê-la e compreendê-la, para então obter os efeitos idealizados num processo ensino-aprendizagem, formando um cidadão capaz e preparado para a vida. Dada à importância dos programas cabe à Coordenadoria de Educação a implantação e monitoramento dos mesmos.
       Nesse contexto há de se destacar, também, o papel do Governo do Estado, através da Secretaria de Educação promovendo uma educação inclusiva, para que os movimentos sociais participem do exercício da educação, desenvolvendo a cidadania por meio de um aprendizado justo, de inserção e igualitário para todos.   

 

 

 



 

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