Martin Kuhn
O I Seminário Macromissioneiro de Formação
Continuada de Trabalhadores em Educação, ocorrido em Cerro Largo, em 27 de
novembro de 2014, reuniu em torno de mil professores. Contou com a presença do
Secretário Estadual de Educação Professor, Dr. José Clóvis de Azevedo, com as
representações das Universidades e Instituições de Ensino Superior envolvidas,
com os representantes das 6 CREs envolvidas no Programa Macromissioneiro de
Formação continuada dos Trabalhadores em Educação. Foi evento “festivo” de
encerramento do percurso das atividades de formação desenvolvidas pelo programa
ao longo do ano de 2014.
O programa foi resultado
da convergência de esforços em torno da construção coletiva de uma proposta de
formação continuada para os trabalhadores em educação pública de nossa região.
A execução de um programa desse porte foi um desafio para os envolvidos. Ele possibilitou um exercício concretizado daquilo
que almejamos para os nossos educadores e educandos, ou seja, discutir práticas
educativas que possibilitem desenvolver, a partir da experiência de selecionar,
ordenar, elaborar e sistematizar a informação para transformá-la em conhecimento.
Assumiu-se a formação como coletivo que se encontra para pensar e refletir
sobre a prática escolar.
O programa se
caracterizou pelo protagonismo dos trabalhadores em educação manifesto pela
participação e produção efetiva dos envolvidos, seja pela escrita, seja pela postura
crítica-reflexiva sobre as suas práticas pedagógicas. Compreende-se que o exercício
da reflexão, do debate, da leitura e da interpretação como indiscutíveis no
percurso da formação, pois permite a todos os envolvidos nas tarefas cotidianas
da escola visitar e revisitar reflexivamente a realidade escolar. Contexto em
que cada um é, ao mesmo tempo, formador e aprendente.
Reconhece-se que
há possibilidades e limites de um programa desenvolvido em um tempo tão exíguo,
uma vez que rupturas no campo epistêmico e pedagógico da educação não se
produzem de modo apressado. Contudo nos oportunizou visualizar o tamanho do
desafio que se apresenta a nós trabalhadores em educação, se queremos realmente
assegurar à escola pública o acesso, à permanência e o sucesso qualificado da
formação humana das crianças e adolescentes.
Os grupos de trabalhos (GTs) por setor, função,
modalidade de ensino ou área do conhecimento são uma oportunidade de os pares
dialogarem sobre as dificuldades, sobre os avanços, sobre os desafios da escola
para dos nossos tempos. Coletivizar a finalidade da escola significa romper com
as perspectivas fragmentadas, compartimentadas. Um programa de formação
continuada só assegura seu sucesso à medida que realiza a sua contribuição na
garantia do direito à aprendizagem e o desenvolvimento humano integral dos
estudantes. O programa não é um fim em si mesmo. Ele só se realiza na qualificação
da tarefa da escola o que requer um trabalho coletivo construído a muitas mãos.
Os desafios se
seguem. Torcemos pela continuidade do programa como forma de criar uma cultura
escolar e uma lógica de trabalho coletivo e participativo dentro da escola e se
consolide a formação continuada. Torcemos também pela garantia de recursos para
o financiamento do programa uma vez que ele traz o ensejo de se tornar uma
Política Pública. Não há dúvida de que O Programa Macromissioneiro de Formação
Continuada dos Trabalhadores em Educação, somado às demais ações formativas
desenvolvidas em nossa região, foi e, espera-se que continue sendo, uma valiosa
contribuição na defesa e na qualificação da escola pública.
Nenhum comentário:
Postar um comentário